Foi adotado, no dia 6 de novembro, o Programa de Trabalho para 2026 do Conselho Europeu de Inovação (EIC - European Innovation Council), orçamentado em 1.4 mil milhões de euros, com o objetivo de apoiar os inovadores europeus, facilitando o seu acesso a financiamento e a novos clientes e parceiros dentro e fora da Europa. O Programa de Trabalho do EIC 2026 apresenta algumas melhorias face ao seu antecessor, nomeadamente, simplificando e acelerando o processo de candidatura ao EIC Accelerator e introduzindo uma iniciativa piloto designada “Advanced Innovation Challenges”, inspirada na abordagem americana ARPA (Advanced Research Programme Agency). Em resumo, o Programa de Trabalho do EIC 2026 irá contemplar cinco regimes de financiamento principais: 

• EIC Pathfinder (262 milhões de euros) para investigação multidisciplinar e de alto risco, com potencial para desenvolver tecnologias disruptivas (subvenções até 4 milhões de euros)
• EIC Transition (100 milhões de euros) para transformar os resultados da investigação em oportunidades de inovação, dando seguimento aos resultados gerados pelo EIC Pathfinder, EIC Proof of Concept, pelos projetos colaborativos do Pilar 2 do Horizonte Europa (desafios societais) e pelos projetos de infraestruturas de investigação (subvenções até 2,5 milhões de euros).
• Advanced Innovation Challenges (6 milhões de euros) para apoiar a inovação tecnológica profunda de alto risco e impulsionada pela procura, com potencial transformador, especialmente em domínios em que existe investigação aprofundada, mas falta de aceitação comercial (montante fixo de 300 000 euros)
• EIC Accelerator (634 milhões de euros) para PME e Start-ups ambiciosas e inovadoras desenvolverem e ampliarem inovações de ponta (scale-up) com elevados impactos económicos e sociais, incluindo a criação de novos mercados (subvenções inferiores a 2,5 milhões de euros e investimentos de 0,5 a 10 milhões de euros).
• EIC Strategic Technologies for Europe Platform (STEP) Scale Up (300 milhões de euros), que proporcionará financiamento adicional por capitais próprios a empresas promissoras (PME, start-ups, spin-offs e pequenas empresas de média capitalização) que promovam a inovação em áreas críticas (por exemplo, digital, tecnologias limpas e biotecnologias), a fim de as ajudar a garantir rondas de coinvestimento privado de maior dimensão, iguais ou superiores a 50 milhões de euros, para uma maior expansão das suas atividades (investimentos entre 10 e 30 milhões de euros). 

Em cada caso, o apoio financeiro direto aos inovadores é complementado com o acesso a uma ampla gama de serviços de aceleração de negócios, fornecendo acesso a especialistas, empresas, investidores e atores do ecossistema.

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13-11-2025