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Cadernos Setoriais | O setor automóvel em Portugal, 2010-2020


O setor automóvel nacional tem um peso muito significativo no tecido industrial e na economia nacional, tendo o período pré-pandemia sido dos mais auspiciosos para o setor, e em particular de 2016 a 2019, o que é evidenciado pela evolução das exportações e também pela criação de emprego. Com a evolução da pandemia de COVID-19, que surgiu no primeiro trimestre de 2020 na região da UE, o setor automóvel nacional foi um dos mais impactados, registando quebras muito significativas nas exportações e no volume de negócios, comprometendo a sua capacidade de investimento.



A Direção-Geral das Atividades Económicas disponibiliza o caderno setorial dedicado à indústria automóvel nacional, com uma caracterização do setor (Divisão 29 da CAE Rev. 3 e subsetores) com dados da produção estatística oficial para o período de referência de 2010 a 2020, complementada com informação da Associação Europeia de Produtores do Setor Automóvel (ACEA) sobre as vendas de novos veículos por tipo de combustível.

O setor automóvel  tem um peso muito significativo no tecido empresarial português, liderando, em 2020, as exportações nacionais da indústria transformadora (20,2%) e mantendo-se como a segunda Divisão da CAE com maior contribuição (3,8%) das exportações para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, com 82,8% do valor da produção com destino além-fronteiras. 

Os constrangimentos que resultam do contexto da pandemia de COVID-19, a escassez de matérias-primas e produtos intermédios (como os semicondutores e outros componentes eletrónicos), assim como o Brexit, são das razões mais apontadas, pelos representantes do setor, para as dificuldades que se têm sentido nas cadeias de abastecimento, obrigando os fabricantes de veículos e de componentes a paragens pontuais na produção, ajustando-se à atual conjuntura. 

Em 2020, o valor das exportações do setor reflete, em grande medida como consequência da crise pandémica de COVID-19, uma descida de mais de 10,6% em relação a 2019, contrariando a tendência de crescimento da última década. Para além disso, as dinâmicas criadas pela pandemia, com menor investimento em capacidade produtiva, conduziram o setor, pela primeira vez desde 2013, a uma taxa de investimento mais baixa do que a média das empresas nacionais não financeiras.

A indústria de componentes e acessórios é o subsetor com maior expressão, com maior número de postos de trabalho, maiores valores de VAB, de volume de negócios e de exportações. No entanto, foi o setor de fabrico de veículos que parece ter sido mais impactado pela crise pandémica, que depende maioritariamente do mercado interno da UE para escoamento da sua produção industrial. 

As vendas de veículos automóveis em Portugal não ficaram imunes à crise pandémica, registando-se quebras de vendas muito significativas em 2020. A adoção de veículos elétricos no país parece estar numa trajetória bastante positiva, mas os veículos com motores de combustão interna ainda representam a grande maioria das vendas de veículos novos e de veículos em circulação. Em relação aos veículos em circulação a idade média do parque automóvel em Portugal é significativamente elevada no contexto dos 27 EM da UE, o que coloca desafios acrescidos ao setor e aos cidadãos em termos de compromisso com as metas de longo prazo de descarbonização da economia.

O Caderno Setorial da Indústria Automóvel em Portugal, 2010 – 2020, está disponível aqui


10-02-2022




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